My Wonderland

sexta-feira, julho 28, 2006

Navegar é preciso.Será?

Sim,sim. Comentários estão suspensos novamente e -diga-se de passagem- por tempo inderteminado.
Por quê? Oras bolas [adoro essa expressão], simplesmente porque quero escrever como se ninguém estivesse olhando. Não quero me importar com erros de português,métricas e criatividades. Não estou escrevendo pra ninguém além de mim mesma (e, ouso pensar, que nem pra mim as vezes escrevo).
Desativei os comentários porque quero fazer relatos pessoais e não crônicas.
Palavras dispersas, e não poesias.

Falar de mim e não pra você.
Um dia volto com um blog com comentários,textos criativos, português coeso.
Um dia não é hoje, nem será amanhã. Um dia é vago, e vaga é o que quero ser.

[Fim das notícias]


Como todo bom texto pessoal começo da mesma forma. "Por quê?"
Sim, quem não se questiona?Uma dúvida que martela...E essa dúvida te faz escrever. E por ela você sofre, passa noites a fio. Por ela escreve coisas maravilhosas, e outras...que prefere esquecer. Por essa dúvida você atravessa oceanos, faz loucuras, fala absurdos. Por essa dúvida você cala, espera, analisa. Por uma simples dúvida, que de tão simples torna-se o ápice da complicação.
Não sou diferente, nem tenho pretensões em ser.
Duvido sempre. Duvido eternamente. Duvido ceticamente. Duvido de mim mesma e dos meus próprios absurdos [ e que coleção de absurdos eu tenho... ]
Uma hora duvido "com d maiúsculo" das minhas habilidades e pretensões de amar. E no outro segundo duvido da minha capacidade de manter. E,quando todas as dúvidas pareciam superadas, eu duvido novamente que meu castelo de areia durará muito tempo.
A paixão...O que é? Como mante-la? Por quê mante-la? Explique-me quem souber...
Quando vivo em um mundo de maravilhas sempre crio situações que transformam minha vida em um show de horrores. Talvez eu tenha problemas. Talvez os outros é que os tenham. A questão é que não mantenho nada do que cativo.
Uma mania incessante de mudar me toma conta. E nesse jogo de mudanças acabo tornando pessoas em simples marionetes, sem nem me tocar do que faço...Quando tenho esse joguete na mão, atiro tudo pro alto,como se terminasse um livro e sentisse necessidade de partir para outro. Atropelo histórias e pessoas. Atropelo sentimentos. Atropelo minha própria vida. Atropelo-me.
Ânsia [maldita] de mudanças.
Não queria ser revolucionária. Gostaria de ser antiquada com meus "quereres".
Não, não sou revolucionária. Sou alguém que não sabe o que procura, e por isso todo caminho parece chato, e por isso abandono-os, na ânsia de me achar em outras estradas.
Não quero deixar outro barco atracado.
Navegarei?
Dúvidas.